quarta-feira, 11 de junho de 2008

Crise Instaurada

“A Comunicação de crise começa…antes da crise e que a previsão e a preparação são as melhores armas com que uma Instituição pode contar”[I] ,crise é uma situação que não podemos controlar e pode aparecer a qualquer momento, e nada melhor do que estar preparado.
“Dizer, afirmar a verdade, é também olhar a realidade de frente, sem compaixão, reconhecer e delimitar a própria responsabilidade dos outros”[II] é a melhor maneira de reagir à crise.
Ela pode surgir a qulaquer momento, com o intuito de prejudicar a imagem de um protagonista e o “limite para a difusão da verdade é o perigo de gerar o pânico”[III]
.
Perante uma crise temos duas formas de reagir:
Comunicação de crise: enfrentá-la com sinceridade, disponibilidade e honestidade;
Manobras de Bastidores: mentir/desviar atenções; a mentira uma vez descoberta tem efeito muito negativo
As manobras de bastidores (conceito maligno) são o reverso da medalha de comunicação de crise( mentira/vigarice)

Contudo devemos ver a crise não como desgraça mas como oportunidade, pois podemos potenciar os “holofotes” para passar uma imagem positiva e “dar a volta”. O sucesso do protagonista depende da forma como vai reagir à crise; quando o protagonista fala deve mostrar cooperação.
Devemso “ informar o público da maneira mais rápida e completa possível sobre uma ocorrência prejudicial, a fim de acalmar os nervos, acabar com os boatos e restaurar a confiança”[IV] para que rapidamente se instale a normalidadeX
Uma situação de crise “implica estar-se mais do que nunca atento, desenvolver um clima de confiança e de respeito mútuos” [V]entre protagonista e público.
Numa crise devem desviar-se as atenções desacreditando o mensageiro (suspeitas sobre as intenções do mensageiro) e criando manobras de bastidores (ficcionando a realidade, manipulando-a). Desviar as atenções para resolver uma crise que já aconteceu;ou para resolver uma crise que vai acontecer. Quando a crise não se pode travar, desviam-se as atenções
Os políticos raramente, só quando não têm opção, usam a comunicação de crise. A prática mostra que optam pela estratégia de manipulação para fazer valer os seus interessees. É dificil para eles assumir a verdade.

“A procura da verdade , tão difícil de alcançar no exercício do poder, seja ela qual for”[VI], daí existir manobras de bastidores.

“A regra principal de procedimento é esta: tudo para todos ao mesmo tempo”[VII] num dos episódios CJ frisou o facto de queres passar em directo a conferência de Bartlet, para que todos tivessem acesso ao mesmo tempo.

Em “Os Homens do Presidente” quando havia algum tipo de crise eles utilizavam a expressão “we have a situation”
No episódio, nº12 da 1º temporada, Presidente não está bem.Desmaia. Primeira Dama é médica e trata dele.
Verifica-se o teleponto do Presidente com falhas.
Os problemas da alcool de Leo circulam, “Se cair caio sozinho. Não levo ninguém comigo”. Leo fala à imprensa que é alcoólico e toxicodependente em recuperação, uma situação interna de crise na Casa Bramca. Presidente faz comunicado a apoiar Leo.
Em relação à saúde do presidente: é escleorose múltipla e ele já sabe da doença à 7anos mas nunca disse ninguém, para evitar que se espalha-se.

[I] Luís Paixão Martins; Schiu…está aqui um jornalista; Editorial Notícias; Lisboa 2ºEdição; 2002; pg112
[II] Georges de Saint Marie; Adaptar a empresa a tempos difíceis; Edições Cetop; Portugal 1999;pg.103
[III] Idem, Idibem; pg.104
[IV] Frank M. Corrado ;A força da comunicação, Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1994, pg178

[V] Idem, pg. 104
[VI] Idem; pg105
[VII] Luís Paixão Martins ; Schiu…está aqui um jornalista; Editorial Notícias; Lisboa 2ºEdição; 2002; pg117

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